Patti Smith é figura icônica e sem limites, e que desde os anos 60 vem mostrando sua força como cantora/compositora, performer, poetisa, atriz, escritora e ativista política engajada, sempre pronta para fortalecer o lado certo, em causas como a paz, o feminismo, o trabalho e a liberdade de expressão.
A artista já veio ao Brasil em 2006, quando fez shows no Rio e Curitiba, mas agora chega para estrear em São Paulo, como headliner do Popload Festival 2019 (15/Nov), e em show solo no Popload Social que vai rolar no auditório do Memorial da América Latina no dia seguinte.
O momento para conferir a cantora não poderia ser melhor, afinal tanto seu lado musical quanto literário estão muito afiados em 2019, destacando o lançamento do livro de memórias, “O Ano do Macaco” e o livro de não ficção “Devoção”, que sucederam o ótimo “Só Garotos”, publicado em 2010 no Brasil pela Companhia das Letras.
No fim dos anos 60, Patti Smith já era figura importante da cena cultural de Nova Iorque, sempre em contato com artistas diversos, se envolveu com a literatura bem antes da música, e com sua força criativa influênciou fortemente a cena alternativa, destacando a parceira com o consagrado fotógrafo e ex-parceiro Robert Mapplethorpe, bem como com intelectuais como Allen Ginsberg e músicos como John Cale, Ray Manzarek, Janis Joplin e Bruce Springsteen.
Esse cenário criativo em que se envolveu, a levou das performances poéticas para o universo do rock já no início dos anos 70, quando em parceria com o guitarrista Lenny Kaye, passou a chamar ainda mais a atenção com a criação do Patti Smith Group, que lançou em 1975, o sensacional álbum “Horses”, pedra fundamental para a eclosão do movimento punk e para a sonoridade do pós punk e da new wave.
Patti Smith é para muitos uma espécie de padroeira do movimento punk rock nova-iorquino, conseguindo em poucos álbuns, forjar um estilo único, valorizando a poesia, atitude e sonoridade minimalista, influenciando músicos como The Edge e Bono (U2), Siouxsie Sioux e Steve Severin (Siouxsie and the Banshees), Michael Stipe (REM), Morrissey e Johnny Marr (The Smiths), PJ Harvey, Madonna, Florence Welch (Florence + the machine), Courtney Love (Hole), Bob Mould (Husker Du) e muitos outros, entre eles personalidades como o Papa Francisco, que a convidou para cantar no Vaticano, gerando tanto críticas de setores conservadores da igreja católica, quanto de punks e intelectuais que a criticam por associar sua imagem à igreja.
Como escritora ganhou diversos prêmios, se destacando o National Book Awards em 2011, pelo já citado “Só Garotos”, e como compositora, apesar de não ter nenhum hit intergalático, construiu um repertório rico com canções que são verdadeitos hinos alternativos como “Dancing Barefoot”, “Pissing in a River”, “Because the Night”, “Free Money”, e “People Have the Power”.
Todas essas canções, e algumas outras que são preferidas pessoais, estão na playlist: Patti “love you” Smith, que montamos especialmente para esse aquecimento para os shows de Patti Smith no Brasil.
Não é assim tão simples imaginar o setlist de um show atual de Patti Smith, afinal somente nesse ano, ela já apresentou mais de 40 canções em seu tour Year of the Monkey, mas se fizermos uma média dos últimos concertos, podemos confiar num show com seus maiores hits, e covers de seus álbuns mais recentes.
Setlist provável para os show de Patti Smith no Brasil – Nov/2019
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- Wing
- Are You Experienced? (The Jimi Hendrix Experience)
- Redondo Beach
- Ghost Dance
- My Blakean Year
- Dancing Barefoot
- Beds Are Burning (Midnight Oil)
- Beneath the Southern Cross
- I’m Free (The Rolling Stones)
- After the Gold Rush (Neil Young)
- Pissing in a River
- Because the Night
- Gloria (Them)
bis - People Have the Power
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