FUMAÇA PRETA
FUMAÇA PRETA

O Fumaça Preta iniciou sua conquista planetária em 2014, marcando presença como um dos mais instigantes sons gravados em português nos últimos anos.Conversamos com o português nascido na Venezuela – Alex Figueiras por email, justamente quando o grupo se prepara para gravar o esperado segundo álbum. Confiram :

Como surgiu a banda ? E quais as principais influencias e objetivos do Fumaça Preta ?

A banda surgiu por acaso. Eu convidei Stuart, James e Joel pra virem gravar ao estúdio que eu tinha acabado de construir porque são bons amigos e têm excelente gosto musical, isso levou-me a pensar que poderia sair alguma coisa boa da junção de todos.

Já tentei fazer o mesmo muitas outras vezes mas o resultado nem sempre é tão bom. Desta vez a química foi muito intensa. As influências são muitas e bastante variadas. Vai desde música tradicional venezuelana até Techno old school com grande presença do Funk, Psicodelismo e Rock Pesado do início dos 70´s.

O objetivo é apenas um, fazer a música que nos vai na alma da maneira que achamos que ela deve ser feita, com total liberdade e honestidade, sem estarmos preocupados com agradar ninguém.

Quais os planos para o resto de 2015 ?
Acabar o segundo álbum (ainda sem nome) que já esta parcialmente gravado e tocar muito por toda a Europa.

Capa álbum Fumaça Preta
Capa álbum Fumaça Preta

Algum convite para tocar no Brasil ? 
Até o momento infelizmente não.

Como vocês enxergam o cenário do pop rock atual ?
Não sei qual a opinião do resto da banda mas eu não sou particularmente otimista nesse departamento. Acho que de modo geral, tenta-se muito repetir as velhas fórmulas do passado e muitas bandas correm imediatamente atrás do primeiro exemplo de sucesso que vêm, resultando num gigantesco cardápio de cópias para as quais não tenho muita paciência. O último movimento musical verdadeiramente significativo aconteceu há mais de 20 anos.

Atualmente o Mangue Beat e mesmo a Tropicália e a Bossa Nova tem pouco espaço no Brasil, dominado pelo Pop Mainstream com suas variações regionais e sertanejas. No cenário atual como a música brasileira é vista na Europa ?
Felizmente a maioria da música brasileira que chega à Europa costuma ser de qualidade. Claro que tem muita gente na Europa que por ignorância acha que música brasileira é apenas Bossa Nova mas acho que as pessoas que fazem a programação nos festivais são seletivos e tentam abranger um maior leque de gêneros quando trazem bandas do Brasil. Acho que o público melómano na Europa olha com admiração e respeito pra o Brasil.

Que sons atuais tem feito sua cabeça, e que se você fosse montar uma Mix Tape, não poderiam faltar ?Eu ouço muita coisa mesmo. Sou eternamente viciado em música brasileira, africana e latina. Falando do Brasil especificamente, ando viciado no disco da Ava Rocha, que saiu faz umas semanas apenas. É uma obra prima. Um disco feito com muito amor e cuidado minucioso em todos os aspectos.

Um recado para os adeptos brasileiros!
Espero poder ter o privilegio de tocar no vosso pais. É um ciclo que preciso de completar, já que o Brasil me deu muita música que me influenciou profundamente. Ter a oportunidade de devolver algo dessa música que tenho absorvido até agora seria um grande privilégio.

Fiquem com o vídeo de Eu Era um Cão

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