Garotas do Sleater-Kinney mostram serviço em No Cities to Love

Nos anos 90 o trio garageiro Sleater-Kinney (originais de Olympia – Washington) garantiu presença no meio da cena grunge de Seattle, com seu punk rock direto e letras engajadas num ativismo 100% feminista.

Apesar de diversos álbuns e boa aceitação da crítica, as garotas nunca atingiram pleno sucesso comercial, ficando mais conhecidas como ativistas do que como banda de rock, mas pelo visto o hiato de mais de 8 anos sem tocar e 10 anos sem um disco de inéditas, fez bem para a banda, que lançou “No Cities to Love” no início de 2015, marcando terreno como um dos melhores sons do ano.

Sleater-Kinney

Formado por Carrie Brownstein, Corin Tucker, e Janet Weiss, o trio fez de “No Cities to Love” um trabalho inspirado com certeira produção de John Goodmanson (que já trabalhou com Bikini Kill, Blonde Redhead e Death Cab for Cutie), resultando num álbum repleto de peso e energia, e que sem nenhuma firula coloca a banda entre as mais importantes da atualidade.

Confiram nossa análise faixa a faixa do álbum
– Price Tag – Adoro os vocais gritados com urgência atonal, e a inteligente letra anticonsumista. Se fosse o melhor som do disco, No Cities to Love, já valeria a pena, mas essa volta delas tinha muito mais pra contar…

– Fangless – Rock reto e a pegada pós punk que arrebata qualquer um, o baixo é tão poderoso que achei por um momento que era o Killing Joke.

– Surface Envy – Numa abertura mega rockabilly, que engata numa psicose guitarrística e letra engajada que diz em perder ou ganhar, mas juntos quebrar as regras que forem necessárias. Aulinha punk.

– No Cities To Love – Pura poesia no melhor rock e hit do ano. Amar essa música é obrigatório para quem ama ou odeia sua cidade. Serve de trilha sonora de 2015, aumente o som.

– A New Wave – Mostra um lado mais divertido e pop como o nome da canção sugere, mantendo em alta rotação o disco. Som capaz de angariar novos fãs em uma só audição.

– No Anthems – Começa com uma bateria em marcha para então engatar numa batida sincopada de refrão urgente como todo o disco, e mostrar nos sussurros os encantos femininos presentes discretamente na canção.

– Gimme Love – Num dos singles mais interessantes do ano, a insatisfação feminina mostra sua cara, em Gimme Love… Gimme Love… not Enough (me dê amor… me dê amor… não o suficiente).

– Bury our friends – A mais fraquinha do álbum, achei as guitarras bem Fraz Ferdinand (no  sentido ruim …) , apesar da simpática morbidez do refrão bizarro… 😉

– Hey Darling – Na mais pop de todas, as Sleater-Kinney se mostram afiadas e radiofônicas. Belos solos retrôs … Sonzeira!!

– Fade – O Grunge dos 90’s aparece para fechar o trabalho 2015 das Sleater-Kinney de forma bem soturna e pesada. A segunda melhor faixa do disco, perfeita para aproveitar até a última nota.

Fiquem com o super vídeo de animação “A New Wave” 

 

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