Antes de mais nada, vale lembrar se estamos aqui falando dos Los Porongas, é por que acho a banda muito legal, a ponto de ir ao Sesc, pegar fila, comprar ingresso, enfrentar uma chuva daquelas que só rolam em Jan-Fev, e etc …
Posso dizer que me divertí bastante no show, gosto das canções, do estilo meio folk, das levadas com toques regionais, da criativa guitarra, do lance amazônico e tudo mais, mas… com 10 anos de carreira, a banda se intimidou pela falta de produção, pois não precisa ser uma mega estrela para pensar que um show num palco teatral como o do Sesc Belenzinho, precisa ser pensado, e que em pequenos detalhes o público pode ser facilmente conquistado. Claro que sem bons sons não adianta, mas para o quarteto realmente chegar onde merece, tem que ousar mais e lembrar que o que funciona bem num palco de Pub, não tem o mesmo impacto numa arena mais tradicional.
O show cresceu nos momentos quando isso foi buscado, como na parceria com o Vanguart – Hélio Flandres, que começou cantando do meio do público, ou mesmo quando o vocalista Diogo Soares, chamou o público para participar e assumiu algumas justas bandeiras ecológicas amazônicas.
Ao vivo, as canções seguram a onda, mas talvez o fato de ser o primeiro show do ano e que na abertura da apresentação o clipe inédito de “A Dois” (Que por sinal é muito legal), tenha dado pau, e ninguém tenha tido a presença de espírito, de parar tudo e passar de novo… tenha me dado a impressão de que para os Los Porongas ser a maior banda de rock que o Acre deu ao planeta já seja o suficiente… , tomara mesmo que eu esteja errado pois o RockBr precisa de bandas com personalidade e conteúdo como eles.
Espero ainda ver muito mais da banda, afinal continuo fã !! E não quero ver a geração que veio nos Anos 00 renovar nossa cena musical, ficar aprisionada no universo Indie-Fora-do-Eixo.
TEASER CLIPE “A Dois”
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