O Punk Rock e Hip Hop se encontram no Asfixia Social com a politizada canção “Quem Sobra”.

Asfixia Social – Quem Sobra

Direto do ABC e Zona Sul de São Paulo, o Asfixia Social chega com rimas que mostram a força de seus ideais, em linhas e entrelinhas que questionam a manutenção da pobreza por parte de grupos que detém poder, assim como evidenciam a luta obcecada pelo dinheiro por parte dos que aceitam “jogar o jogo” do sistema.

Em “Quem Sobra” a banda antecipa o clima do vindouro álbum “Sistema de Soma: A Quebrada Constrói”, já em processo de mixagem e com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2018, retratando a sociedade de valores degradados e questiona: Quem vai sobrar?

A canção tem um poderoso riff de guitarra, que valoriza as rimas cortantes da canção, com participações especiais do MC Bux​ (Loucos D’La Mente) e DJ Tano ​(Z’África Brasil) em intervenções que retratam o que há de mais repugnante na política nacional, não aliviando para os políticos corruptos e para a onda fascista que assola o Brasil pós golpe.

O lyric vídeo registra os caras em estúdio durante a gravação do single, que integra o novo álbum do grupo, “Sistema de Soma: A Quebrada Constrói”, que será lançado em formato Livro-Disco contendo as letras da banda e ilustrações de alunos de 10 escolas públicas de São Paulo por onde o grupo realizou oficinas de poesia, hip hop e shows.

Fiquem com as letras de Quem Sobra – Asfixia Social

Senhoras e senhores, apresento-lhes um mundo inovador.
São Bernardo, Diadema, Grajaú, interior.
De todos os cantos. Com todo respeito, a todos os ritmos.

7 bilhões de pessoas na lista. Pode peneirar, vamo ver quem vai sobrar.
Dólares, trilhões, a perder de vista.
Pode jogar, que​ os manos vão se matar.

Pode pegar uma jaula, e trancar.
7 bilhões de pessoas vão se matar.
E quando tiver lá, pode apelar até pro espírito salvar.
Que o plano físico, já era. Está no domínio.

São os juízes mais bem pagos pela corte.
Pra fazer parecer que existe luz, na escuridão.
Eles não tão de brincadeira.
Sangue bom? É o seu, no ritual. E só vai sobrar os ratos. HA!

E a fome nunca acabará, o motivo é claro:
É pra servir tipo ameaça pra quem já teve a cabeça sequestrada, lobotomizada, extração cerebral, do tipo
energia negativa pro indivíduo ter medo e não se coletivizar,
Impregnada na cadeia alimentar.

De 7 bilhões, agora sobram 1, 2.
3 bilhões de pessoas na lista! Pode peneirar, vamo ver quem vai sobrar.
Dólares, trilhões. A perder de vista.
Pode jogar, que os mano vão…

E se o jogo é vencer na vida, sem ver a vida passar…
3 bilhões tão correndo pra jogar.
Correndo atrás da idéia se acostuma a correr.
O sonho vira ratoeira e a regra é se matar.

No mundo todo se vê. A mesma fita, o tabuleiro.
Tempo e dinheiro, e os vencedores frustrados…
Fácil começa a se iludir, vai ser refém, até temer.
Tremer na base, na insegurança do seu ouro corroer.

Declaramos então não fazer parte do teu preço que te assombra,
então se arromba pelo topo que teu tombo é logo mais, tarde.
Mas não falha, Mas não falha. Descartamos 2 bilhões até de falsos Mcs…
Em entrelinhas cheias. Eu faço a convocação! Pra pensar… a mensagem é o alicerce pode peneirar…

1 bilhão de pessoas na lista! Pode peneirar, vamo ver quem vai sobrar.
Dólares, trilhões. A perder de vista.
Pode jogar, que os manos vão…

1 bilhão, como no século XVII.
Então volte mais a fita e verá: eles vem da antiguidade.
Illuminati: Colonização dos nossos povos por grupos organizados.
Verá: Maçonaria, fez a lei. Tá na tua cidade,
o esquadro, o compasso, o monumento, o Rotary.
Rodou, otário. Cê tá na mão de quem, está vendo, analisando,
e tem uma lista pra dificultar e destruir.

O sonho de um bilhão, ao explorar a classe E-squecida,
Correr pelo mérito sem condições iguais.
Disputa injusta pelo privilégio.
Morra lutando, ou descanse em paz.
Pois alimento vai além do pão. Ative a visão como a peneira pra reconstrução.
Eu tenho um bilhão na mão, e quem é o próximo da lista?

DJ

Pode peneirar. Vamo ver quem vai sobrar.
Dinheiro. A perder de vista.
Jogar no tabuleiro. Os “verme” vão se matar.
Se Jogar no tabuleiro. Os “verme” vão se matar

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