Era um Domingão, e o show do compositor e musico Grant Hart, tinha sido tão mal divulgado que QUASE não fiquei sabendo, e somente graças ao Twitter recebí a dica que mais precisava… afinal de graça, no Cine Olido, e no fim da tarde de um Domingo qualquer… nada poderia ser melhor que ver um ídolo de adolescência e representante do melhor do Rock Alternativo Yankee, em show para poucos.

Agora… podiam não ser assim tão poucos … (dava até prá contar os presentes), pois Grant Hart veio inspirado e como artista íntegro, influente, e incisivo que é, se mostrou 100% em forma e brindou os presentes com quase duas horas de show !

Conhecido como membro da conceituada banda Hüsker Dü, o na época baterista, era junto a Bob Mould (ver post sobre sobre o show de Bob em Sampa – Out/13), uma das forças criativas do combo roqueiro, e que após sua implosão em 1989, formou primeiro o trio Nova Mob (que deixou 2 bons discos nos 90´s), até se dedicar a carreira solo à partir de 1997.

No palco somente luzes, pedais de efeitos, um amplificador, uma guitarra semi acústica, e rapidinho já saquei que seria ainda mais intimista do que imaginava… e eu como adepto de décadas, encarei tudo como um super privilégio.

Tímido mas simpático e mordaz nas interações com o público, veio som após som conquistando a audiência, e logo na terceira música, mandou o clássico oitentista Don’t Want To Know If You Are Lonely, levantando os presentes e cada um dos velhos fãs a cantar junto com gosto.

Hart se mostrou um ótimo discípulo de Neil Young (em versão Indie), ficando entre o Folk e o Rock, sem perder a ironia e principalmente, interpretando cada canção com o lirismo e a urgência punk necessária.

E assim, fomos brindados com sons do disco novo The Argument, seu quarto álbum solo, e clássicos perdidos do Hüsker Dü e do Nova Mob, como She Floated Away, Barbara, Diane, The Last Days of Pompeii (Nova Mob), Books about UFO´s, Never Talking to You Again, It’s Not Funny Anymore… e que me fizeram sair com largo sorriso após 26 cancões e duas voltas de Hart ao palco.

No final, fez questão de zoar o ex-parceiro Bob Mould, dizendo para o público mandar um abraço para… como é mesmo o nome dele… Que responsa para Mould… pois Grant Hart mandou muito bem nessa primeira passagem pela América do Sul – Grande Show !!

Grant Hart em Diane – Sampa – Teatro
Olido

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