The Wall com Roger Waters 2012, no Estádio do Morumbí

The Wall no dia 03/04, 3ª feira e eu, que adoro rock, me peguei com várias dúvidas rolando na cabeça: “Será que ver o show sentada vai ser chato?”, “E as músicas mais pesadas e lentas, como o cara vai manter o ritmo?”…

Com o Estádio do Morumbí lotado e só surpresas positivas: 5ª fileira da área Prime, de frente pro palco, muito mais perto do que parecia; luzes apagadas e não é que o show começa às 21h00 em ponto?! Nunca vi isso! Bem que Roger Waters tem fama de maníaco perfeccionista… quem contou com o atraso de sempre, nessa hora perdeu o começo, mas ainda teve muita coisa pra ver e enlouquecer.

E lá, naquele palco enorme, muro de 11 metros de altura, um telão gigante com uma projeção perfeita – viva a tecnologia! – o som de aviões vindo de tudo que é parte, parecendo sobrevoar as nossas cabeças. Aliás, o lance do avião acontece rápido, mas é mágico!

As projeções misturam imagens originais do filme com temas atuais, guerras recentes, a crítica ao consumismo e aos rios de dinheiro desperdiçado nas guerras e que serviriam para aplacar a fome no mundo, homenageia Jean Charles e chama o jovem brasileiro a tomar as ruas pra combater a corrupção institucionalizada no País.

O show sobe e desce num ritmo louco, próprio, diferente pra quem está acostumado a performance bombando o tempo todo ou esperava ver um apogeu de guitarras, solos e correria no palco. Aqui é tudo coreografado nos mínimos detalhes. As músicas da 1ª parte vão rolando e a produção vai instalando os tijolos. É colocar o tijolo no muro e a imagem projetada inclui aquele “pixel” imediatamente, numa fração de segundo, não dá tempo de piscar que a gente perde.

Tecnologia e sincronismo puros! Imagens alucinantes, som perfeito, daqueles shows que viram um divisor de águas.

Fim do espetáculo e teve de tudo: gente que adorou, que saiu tonto (como eu), que disse que gostou mais do palco do Iron Maiden e esperava mais do The Wall, que teve sono… Assim como a vida, é impossível agradar a todo mundo, com show de rock não é diferente.

Pra mim, foi mágico. Megaprodução. Valeu cada segundo e cada centavo.

Por Isabelle Gretillat – Grande amiga, roqueira e finalmente colaboradora do Blog Vishows !

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