Uma frente fria chegou em São Paulo na quinta feira dia 14/05, bem a calhar para juntar com a espera de um show do verdadeiro Heavy Metal.

No ingresso estava escrito Heaven and Hell, mas para mim continua sendo um show do Black Sabbath fase DIO e não se fala mais nisso.

Foi uma pena não ter ido com umas 03 ou 4 horas de antecedência, pois os bares em volta do credicardhall “vestem” o show da noite. Todos eles estavam tocando ou passando algo do Sabbath nas caixas de som e nos aparelhos de dvd`s dos lugares. Tinha um deles, no qual parei, que era o o show atual.

O clima como sempre esta condizente com shows de heavy metal, PAZ TOTAL ! Todos somente esperando o momento de entrar.

Os comentários que escutava do lado de fora era sempre: – e ai conseguiu o ingresso ? Pensei que fosse papo de cambista, mas ledo engano.

Na entrada, fila bem simples, sem empurra empurra e adentramos para o Credicard Hall. Por pura falta de alternativa, toma-se a cerveja mais cara do universo e é hora para o espetáculo.

O público sem predominações. Pai, filho, neto, filhas, amigas…estavam todos lá.

Na entrada das portas da pista simples (simples pois agora tem que ter sempre VIP) esbarrei em uma multidão. Mal dava para entrar. Os comentários internos era que o show estava esgotado fazia um certo tempo e uma ou duas semanas antes, liberaram outro lote de ingressos (??!?!).

Minha teoria é o seguinte, tinham o espaço liberado para X pessoas, sendo que esse espaço era para toda a pista e não com a divisão de VIP…com isso, o saldo maior de pista simples ficou encaixotado.

Era estranho, pois não sou baixo, mas mesmo assim, mal podia ver o palco.

Parecia que eu estava em uma rampa e que no fim dela não era o palco e sim algum lugar no meio da pista. Não tive dúvida, tive que tirar o

velho sangue adolescente que estava esquecido e cair na batalha. Depois de mil e um empurrões e palavrões, estava eu na grade que separa o vip dos pobres mortais.

Palco preparado, sem muita firula, canhões de luz bem colocado, o azul sombrio predominava no palco. Com pelo menos 45 minutos de atraso (não havia como colocar a mão no bolso e olhar o celular para saber a hora) começa a boa e velha “E5150”.

O som estava bem alto, mas em nenhum momento ocorreu distorção. A galera correspondeu com os gritos. Entra “Mob Rules” explodindo as caixas e DIO mostrando que não fica velho.
A voz é a mesma de sempre e fantástica. Lembro que fui ver o DIO no mesmo lugar em show solo antes…foi emocionante e tal, mas é diferente.

Agora fico sem entender de onde veio uma faixa de “Vegan” do público. DIO pegou acho que pela originalidade, mas nada a ver.

Voltando a música, Black Sabbath na voz do DIO é uma das melhores coisas do Heavy Metal. Tanto é que no primeiro intervalo entre as músicas, a galera  gritou DIO antes de levar o grito de Sabbath mais a sério.

O show seguiu bombando, Geezer butler mandando ver no baixo. Na postura de sempre, dedos rápidos, bagueadas constantes de cabeça. Seriedade é a palavra.

Um ponto me chamou a atenção, pois quando DIO ia apresentar faixas do álbum novo, ele falava como se ninguém ali já tinha escutado “The Devil You Know”.

Acho que nisso pararam no tempo. Confesso que não escutei como deveria o novo albúm, mas ali quando entrou “Bible Black” como indroução do albúm novo, todos, eu digo todos em minha volta cantavam o refrão ! Foi um dos pontos altos do show. A música é realmente muito boa.

Começei a flutuar no som pesado…a pausa para cair na real novamente foi quando entrou “Falling Off The Edge of The world”. Começa lenta e vai subindo até entrar o som do bumbo lembrando uma batida de coração e entra toda distorção da guitarra de Toni Iommi e se entende o por que o som do Sabbath é único.

O som estava perfeito, escutava-se o baixo na boa, batera sem querer aparecer muito, a voz do DIO bem controlada pela mesa de som e no solo de guitarra…limpo ! Tudo perfeito.

DIO quando falava para a platéia, como sempre, falava depressa e embolado, sempre andando de um lado para o outro movendo as mãos.

Entrou músicas do “Dehumanizer” e mais outra do “The Devil you Know”. Todo mundo vibrou igual.

Outra coisa foi o solo de bateria. Esparava mais, fico com o solo que Vinny fez no “live evil” e cai na besteira de manter isso na cabeça que o solo ficou bem meia boca.

Então veio o ápice do show. “Heaven and Hell”. A batida inicial foi prolongada como deveria de ser para todos entoarem em coro o ritmo da música e DIO começa a cantar.

O palco tem dois blocos de iluminação que subiam e desciam conforme a música, que acho simples e muito bom em ter, mesmo em shows de bandas menores. Na parte lenta da música, o DIO fica todo iluminado de vermelho enquanto o palco fica as escuras. E todos cantando junto. Quase chorei, pois nunca pensei que fosse ver esses caras ao vivo.

Depois disso fica tudo um extase só, mais um som e eles se despedem com o obrigado em português meio tímido.

Voltam com “Neon Nights” – pesadaça e DIO forçando o que dava a voz.

Acaba o show, entra o zumbido na orelha e fico feliz de ter participado desse evento. Hora de ir e novamente PAZ TOTAL !

Que venha o próximo espetáculo.

Robson Gonçalves – colaborador Vishows


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